Um acorde, na música, é qualquer conjunto harmônico de três ou mais notas que se ouve como se estivessem soando simultaneamente. Elas não precisam realmente ser tocadas juntas: arpejos e acordes quebrados podem, para muitos propósitos práticos e teóricos, constituírem acordes. Acordes e sequências de acordes são, frequentemente, usados na música moderna ocidental, da Oceania e do oeste africano, enquanto estão ausentes na música de muitas outras partes do mundo...
Os acordes mais frequentes são as tríades, assim chamados porque eles consistem de três notas distintas; notas ainda podem ser adicionadas para formar acordes de sétima, acordes estendidos, ou acordes com nota adicionada. Os acordes mais comuns são as tríades maiores e menores e, em seguida, as tríades aumentadas e diminutas. As descrições maior, menor, aumentado e diminuto são muitas vezes referidos coletivamente como qualidades dos acordes. Acordes também são comumente classificados pela sua nota fundamental, por exemplo, o acorde C pode ser descrito como uma tríade de qualidade maior construída sobre a nota C. Acordes também podem ser classificados por inversão, a ordem em que as notas são empilhadas.
Uma série de acordes é chamado de uma progressão harmônica. Apesar de todo o acorde poder, em princípio, ser seguido por qualquer outro acorde, certos padrões de acordes foram aceitos como chave estabelecida, na harmonia da prática comum. Para descrever isso, os acordes são numerados com algarismos romanos, subindo a partir da nota-chave. (veja função diatônica). Formas comuns de notação ou representação de acordes na música ocidental que não seja a notação convencional incluem algarismos romanos, baixo cifrado (muito usado na era barroca), símbolos de macro (às vezes utilizados na musicologia moderna), e vários sistemas de cartas de acordes tipicamente encontrados nas lead sheets utilizadas na música popular para demonstrar a sequência de acordes para que o músico possa tocar acordes de acompanhamento ou improvisar um solo.
História
A não notação da música no período anterior à Idade Média não nos permite especular sobre a utilização dos acordes na música dos povos antigos, mas as características de alguns instrumentos, como a cítara, a qual permite a execução de várias notas juntas, nos leva a pensar na possibilidade de seu uso. Na música ocidental, os acordes aparecem com o surgimento da polifonia. No entanto, apesar de ocorrerem naturalmente no encontro de notas entre duas ou mais vozes, a música polifônica foi pensada muito mais como uma sobreposição de linhas melódicas do que uma formação harmônica. Nos primeiros motetos silábicos seria pressentida a origem de uma organização vertical na música, reforçado pelo movimento cadencial, que foi tomando importância com o passar dos séculos. O estilo "falso bordão" inglês, representado principalmente por Dunstable, pode ser considerado uma primeira tentativa de organização vertical da música, pela sobreposição de terças (Ver Terça maior e Terça menor) e sextas no encontro de notas entre as vozes. Mas, apesar da crescente conscientização das possibilidades harmônicas, só no Barroco, com a funcionalização da harmonia, esta ocorreu de fato. A escolha pelos modos maior e menor contribuiu para a teorização das leis dos acordes, onde sua concatenação partirá do pressuposto que todos os acordes baseados nas tríades montadas sobre uma escala diatônica se relacionam com as funções principais em uma música, isto é, funções de tônica, dominante ou subdominante.
Os acordes eram montados principalmente a quatro vozes, sendo a quarta voz uma duplicação da nota de outra voz, normalmente a fundamental ou a quinta. O acréscimo de novas notas ao chamado acorde de quatro notas se fará de duas maneiras distintas. A primeira, a quarta nota deixa de duplicar uma das vozes e passa a representar um retardo proveniente do acorde anterior, resolvendo em uma nota formativa do acorde. A outra maneira foi a inclusão de uma nota estranha ao acorde a partir do acréscimo de mais uma terça à tríade, formando o intervalo de sétima entre a fundamental e a nota acrescentada. Da primeira maneira, aparecem os acordes de 4ª e 6ª apojaturas, e da segunda, os acordes de 7ª (com destaque para o acorde formado sobre a tríade da dominante). Posteriormente, mais terças foram acrescentadas ao acorde de 7ª da dominante, formando o acorde de 9ª, com o acréscimo de uma terça, e o de 13ª, com o acréscimo de 3 terças à tríade do acorde. Posteriormente, a 6ª seria acrescentada ao acorde não na posição de 13ª, mas formando um intervalo de 2ª com a 5ª do acorde. Mais tarde, no romantismo (século XIX), novas escalas são inseridas, tirando a música do âmbito tonal e diatônico.
A utilização de acordes alterados, isto é, acordes com notas estranhas à escala em que ele está inserido, amplia ainda mais os recursos de expressão dos compositores. A inversão de acordes, propriamente dita, ocorre por várias vezes, causando uma "falsa ideia" aos ouvidos, fazendo, por vezes leigos, escreve-los erradamente, como por exemplo, em uma inversão do acorde de dó maior (dó, mi, sol), qual seja mi, sol, dó; por vezes é escrito como mi menor com sexta, ao invés de dó maior em sua primeira inversão. Ocorria também a utilização de notas comuns a vários acordes de forma sustentada, que recebia o nome de pedal, ostinado ou obstinado, assim causava-se uma certa inquietação aos ouvidos com uma impressão de notas intermináveis, como nas cadências plagais (I, IV, VI) e ainda com um efeito antiplágio de músicos limitados não conseguirem distinguir perfeitamente o tom (modus) no qual a música era executada.
Tríade
em musicologia, refere-se ao conjunto de 3 notas musicais que estruturam a formação de um acorde. À Harmonia musical baseada em tríades dá-se o nome de Trifonia, sendo também comum chamá-la de Harmonia Triádica ou Harmonia Trifônica.
Características
Para se caracterizar como tríade, as três notas podem estar em qualquer ordem de frequência, no entanto, após definida a ordem, devem estar o mais próximo possível umas das outras. As Tríades podem ser executadas nas regiões médias e agudas dos instrumentos, sendo que nas regiões graves não soam apropriadamente.
As tríades sempre se caracterizam pela junção de duas terças, no caso da tríade menor, uma terça menor e uma maior, formando um intervalo de terça menor e um intervalo de quinta justa em relação à fundamental, ou tônica. Por exemplo: No caso de uma tríade de Dó menor, a fundamental ou tônica é a nota dó. Colocando-se um intervalo de terça menor, temos a nota mi bemol, e somando a essa terça menor uma terça maior, temos a nota Sol.
Assim, temos as notas DO, Mi bemol e Sol, que são respectivamente a fundamental, a terça menor e quinta justa.
Tipos de triade
Além da tríade menor, existem outros cinco tipos de Tríades:
01-Tríade Maior
02-Tríade Aumentada
Na música, uma tríade aumentada ou acorde aumentado é uma tríade ou acorde, que consiste em duas terceiras maiores (a quinta aumentada).
A tríade aumentada é formada pela nota fundamental, pela terça maior (2 tons da fundamental) e pela quinta aumentada (4 tons da fundamental), e consiste no empilhamento de duas terças maiores (3ª maior + 3ª maior). Para obtermos um acorde aumentado basta adicionar um semitom ao quinto grau (5ª) de um acorde maior.
Exemplos
Exemplo usando intervalos:
F - 3 - #5
Onde F é a nota fundamental.
Exemplo em Dó:'
Dó - Mi - Sol# '
Notações mais comuns
Faug | F+ | F5+ | F(#5)
03-Tríade Diminuta
A tríade diminuta é formada pela nota fundamental, pela terça menor (1,5 tons da fundamental) e pela 5a diminuta (3 tons da fundamental), e consiste no empilhamento de duas terças menores (3a menor + 3a menor).
Exemplo usando intervalos:
F - b3 - b5
Onde F é a nota fundamental.
Exemplo em Dó:
Dó - Mib - Solb
04-Tríade Sus 4
05-Tríade Sus 2
Outros tipos de acordes
Além das Tríades existem muitos outros tipos de acordes, como:
Basicamente a diferença entre cada tipo de acorde está na quantidade de notas e na distância entre os intervalos caracterizando sonoridades diferentes entre eles.
História
A não notação da música no período anterior à Idade Média não nos permite especular sobre a utilização dos acordes na música dos povos antigos, mas as características de alguns instrumentos, como a cítara, a qual permite a execução de várias notas juntas, nos leva a pensar na possibilidade de seu uso. Na música ocidental, os acordes aparecem com o surgimento da polifonia. No entanto, apesar de ocorrerem naturalmente no encontro de notas entre duas ou mais vozes, a música polifônica foi pensada muito mais como uma sobreposição de linhas melódicas do que uma formação harmônica. Nos primeiros motetos silábicos seria pressentida a origem de uma organização vertical na música, reforçado pelo movimento cadencial, que foi tomando importância com o passar dos séculos. O estilo "falso bordão" inglês, representado principalmente por Dunstable, pode ser considerado uma primeira tentativa de organização vertical da música, pela sobreposição de terças (Ver Terça maior e Terça menor) e sextas no encontro de notas entre as vozes. Mas, apesar da crescente conscientização das possibilidades harmônicas, só no Barroco, com a funcionalização da harmonia, esta ocorreu de fato. A escolha pelos modos maior e menor contribuiu para a teorização das leis dos acordes, onde sua concatenação partirá do pressuposto que todos os acordes baseados nas tríades montadas sobre uma escala diatônica se relacionam com as funções principais em uma música, isto é, funções de tônica, dominante ou subdominante.
Os acordes eram montados principalmente a quatro vozes, sendo a quarta voz uma duplicação da nota de outra voz, normalmente a fundamental ou a quinta. O acréscimo de novas notas ao chamado acorde de quatro notas se fará de duas maneiras distintas. A primeira, a quarta nota deixa de duplicar uma das vozes e passa a representar um retardo proveniente do acorde anterior, resolvendo em uma nota formativa do acorde. A outra maneira foi a inclusão de uma nota estranha ao acorde a partir do acréscimo de mais uma terça à tríade, formando o intervalo de sétima entre a fundamental e a nota acrescentada. Da primeira maneira, aparecem os acordes de 4ª e 6ª apojaturas, e da segunda, os acordes de 7ª (com destaque para o acorde formado sobre a tríade da dominante). Posteriormente, mais terças foram acrescentadas ao acorde de 7ª da dominante, formando o acorde de 9ª, com o acréscimo de uma terça, e o de 13ª, com o acréscimo de 3 terças à tríade do acorde. Posteriormente, a 6ª seria acrescentada ao acorde não na posição de 13ª, mas formando um intervalo de 2ª com a 5ª do acorde. Mais tarde, no romantismo (século XIX), novas escalas são inseridas, tirando a música do âmbito tonal e diatônico.
A utilização de acordes alterados, isto é, acordes com notas estranhas à escala em que ele está inserido, amplia ainda mais os recursos de expressão dos compositores. A inversão de acordes, propriamente dita, ocorre por várias vezes, causando uma "falsa ideia" aos ouvidos, fazendo, por vezes leigos, escreve-los erradamente, como por exemplo, em uma inversão do acorde de dó maior (dó, mi, sol), qual seja mi, sol, dó; por vezes é escrito como mi menor com sexta, ao invés de dó maior em sua primeira inversão. Ocorria também a utilização de notas comuns a vários acordes de forma sustentada, que recebia o nome de pedal, ostinado ou obstinado, assim causava-se uma certa inquietação aos ouvidos com uma impressão de notas intermináveis, como nas cadências plagais (I, IV, VI) e ainda com um efeito antiplágio de músicos limitados não conseguirem distinguir perfeitamente o tom (modus) no qual a música era executada.
Tríade
em musicologia, refere-se ao conjunto de 3 notas musicais que estruturam a formação de um acorde. À Harmonia musical baseada em tríades dá-se o nome de Trifonia, sendo também comum chamá-la de Harmonia Triádica ou Harmonia Trifônica.
Características
Para se caracterizar como tríade, as três notas podem estar em qualquer ordem de frequência, no entanto, após definida a ordem, devem estar o mais próximo possível umas das outras. As Tríades podem ser executadas nas regiões médias e agudas dos instrumentos, sendo que nas regiões graves não soam apropriadamente.
As tríades sempre se caracterizam pela junção de duas terças, no caso da tríade menor, uma terça menor e uma maior, formando um intervalo de terça menor e um intervalo de quinta justa em relação à fundamental, ou tônica. Por exemplo: No caso de uma tríade de Dó menor, a fundamental ou tônica é a nota dó. Colocando-se um intervalo de terça menor, temos a nota mi bemol, e somando a essa terça menor uma terça maior, temos a nota Sol.
Assim, temos as notas DO, Mi bemol e Sol, que são respectivamente a fundamental, a terça menor e quinta justa.
Tipos de triade
Além da tríade menor, existem outros cinco tipos de Tríades:
01-Tríade Maior
02-Tríade Aumentada
Na música, uma tríade aumentada ou acorde aumentado é uma tríade ou acorde, que consiste em duas terceiras maiores (a quinta aumentada).
A tríade aumentada é formada pela nota fundamental, pela terça maior (2 tons da fundamental) e pela quinta aumentada (4 tons da fundamental), e consiste no empilhamento de duas terças maiores (3ª maior + 3ª maior). Para obtermos um acorde aumentado basta adicionar um semitom ao quinto grau (5ª) de um acorde maior.
Exemplos
Exemplo usando intervalos:
F - 3 - #5
Onde F é a nota fundamental.
Exemplo em Dó:'
Dó - Mi - Sol# '
Notações mais comuns
Faug | F+ | F5+ | F(#5)
03-Tríade Diminuta
A tríade diminuta é formada pela nota fundamental, pela terça menor (1,5 tons da fundamental) e pela 5a diminuta (3 tons da fundamental), e consiste no empilhamento de duas terças menores (3a menor + 3a menor).
Exemplo usando intervalos:
F - b3 - b5
Onde F é a nota fundamental.
Exemplo em Dó:
Dó - Mib - Solb
05-Tríade Sus 2
Outros tipos de acordes
Além das Tríades existem muitos outros tipos de acordes, como:
- Díade
O termo díade, na música, não é um acorde sim um intervalo formado apenas por 2 notas. Único acorde formado por díade deve ser chamado de bicorde, já o intervalo em inglês double stop. O termo díade também pode ser utilizado para referir-se a um acorde ou intervalo, porém, para referir-se ao "díade melódico", é preferível falar "intervalo"; e para referir-se ao "díadede harmônico" (power chord ) é preferível falar apenas "power chord". À Harmonia musical baseada em díades dá-se o nome de bifonia, sendo também comum chamá-la de Harmonia Prematura, visto que foi o primeiro tipo de harmonia a surgir. Esses power chords - geralmente a tônica e sua quinta justa - são empregados majoritariamente na música ocidental medieval, oriental, no rock e no heavy metal. Podem apresentar inversões ou dobramentos livremente. Sol-Ré e Lá-Mi são exemplos de power chords.
A técnica para se tocar uma díade ou double stop em instrumentos de corda é geralmente pressionar 2 cordas adjacentes e tocá-las simultaneamente.
Na guitarra, é muito comum o uso de díades por músicos de blues, rock e heavy metal. Neste caso geralmente é tocado um intervalo de quinta (ou quarta) junto com a nota alvo, formando um acorde muito famoso, o Power chord. O guitarrista Chuck Berry foi um dos primeiros a fazer uso desta técnica, veja nas músicas, Johnny B. Goode ou Roll Over Beethoven, como ele constrói introduções e solos fazendo uso extensivo de díades.
- Tétrade
Definição da palavra "tétrade": 1 Grupo ou arranjo de quatro coisas. 2 Algo composto de quatro partes. 3 Quím Elemento, átomo ou radical tetravalente. 4 Biol Grupo de quatro células dispostas comumente em forma de um tetraedro e produzido pelas divisões sucessivas de uma célula-mãe. 5 Biol Arranjo de cromossomos aos quatro na primeira prófase miótica, devido à cisão longitudinal precoce de pares de cromossomos homólogos.
O termo tétrade, na harmonia tonal, é referente ao conjunto de 4 notas fundamentais que estruturam e caracterizam um acorde musical. Se o acorde possui apenas 3 notas, diz-se que possui uma tríade. À harmonia musical baseada em tétrades dá-se o nome de tetrafonia, sendo também comum chamá-la harmonia tetrádica.
- Apoio
- Acorde Fechado
- Acorde Aberto
- Acorde Aberto em Quintas
- Bicorde
- Cluster (música)
- Acorde Quartal
Basicamente a diferença entre cada tipo de acorde está na quantidade de notas e na distância entre os intervalos caracterizando sonoridades diferentes entre eles.
Fonte: Wikipédia
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